quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Eu, antítese de mim

Correr sozinha na praia, tentar alcançar a lua a pé. Os passos rápidos na areia molhada, o som do mar, o vento, a sensação de liberdade... É o mais próximo da felicidade que eu conheço. Eu gosto do frio. Durmo com os pés descobertos e com a cabeça para a janela só para apagar olhando o céu. Sou cheia de gostos e manias. Tenho um altar no meu quarto, sou supersticiosa, saúdo o sol todos os dias. Crio teorias. Sou realista e responsável. Sou fantasiosa. Penso em todas as consequências. Leio histórias infantis. Sou carente, mas exigente. Sou séria. Minhas piadas são uma bosta. Queria ter seis dedos, só para saber como seria. Sou curiosa. Gosto de olhar o nada e tenho a sensação constante de que estou quase descobrindo a solução para a vida. Tenho pensamentos que não são meus e, às vezes, tenho saudade de mim. Eu sou irritada e calma. Perfeccionista e impaciente. Sou tímida, mas tenho todo o amor do mundo.
Eu sou feita de opostos. Uma antítese de mim mesma. Decidida, mutável, indomável. Eu gosto de ser como eu sou. Diferente...
Como todo mundo.

 Eu sou cheia de contradições.

Nenhum comentário:

Postar um comentário